terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Eletrocutados em hangar de SP eram genro e sogro, afirma polícia
Caso deve ser registrado como acidente de trabalho, diz Polícia Civil.
Perícia já havia sido feita por volta das 14h desta terça-feira.
Juliana Cardilli
Do G1 SP

Os dois homens que morreram carbonizados após receberem uma descarga elétrica dentro de um hangar da companhia aérea Avianca no Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul de São Paulo, na manhã desta terça-feira (25), eram genro e sogro, segundo informações da Polícia Civil. A ocorrência foi encaminhada para a delegacia do aeroporto e deve ser registrada como acidente de trabalho.
Por volta das 14h, a perícia já havia sido feita, mas os dois corpos permaneciam no hangar, na Rua dos Tamoios. Segundo o médico Diogo Alexandre Mancini, do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), uma das vítimas segurava uma barra de ferro que encostou em um fio de alta tensão. A descarga elétrica de 13 mil volts acabou atingindo a outra vítima. Afonso Campos Paulo e Thiago José Afonso morreram na hora. Segundo os bombeiros, eles eram funcionários terceirizados.
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Dois são eletrocutados em hangar de Congonhas
Após o acidente, a Eletropaulo foi acionada para interromper o fornecimento de energia elétrica do galpão, evitando mais riscos. Segundo a Polícia Militar, o hangar dá acesso ao Aeroporto de Congonhas.
Em nota, a assessoria de imprensa da Ocean Air Linhas Aéreas, que opera no Brasil como Avianca, informa que os dois mortos são funcionários de uma empresa prestadora de serviços e que o acidente aconteceu quando eles realizavam obras no hangar. A nota informa ainda que a empresa se manifesta solidária às famílias das vítimas e que está à disposição das autoridades para os esclarecimentos necessários.
Já a Infraero informou que, por se tratar de uma área da companhia aérea, não irá se pronunciar sobre o assunto.
Forte estrondo
Na frente do galpão, há algumas lojas que estavam fechadas devido ao feriado de aniversário de São Paulo. Apenas um posto de gasolina funcionava. Os frentistas relataram ter ouvido o barulho de uma explosão. "Teve uma explosão e deu para ver o fogo. A chama foi alta. O barulho foi igual ao de um transformador estourando quando chove. Foi um susto, o problema é que a gente não pode chegar perto e socorrer", disse o frentista Luiz Carlos de Moura, de 51 anos.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Comércio de incandescentes terá fim em 2016

As lâmpadas incandescentes comuns serão retiradas do mercado paulatinamente até 2016. Portaria interministerial de Minas e Energia, Ciência e Tecnologia e Indústria e Comércio regulamentando a retirada foi publicada no Diário Oficial da União. A finalidade é que elas sejam substituídas por versões mais econômicas.

De acordo com o Ministério de Minas e Energia, a medida é fruto de um longo processo de negociação com setores da sociedade, por meio de consulta pública via internet e de audiência pública.

Técnicos do ministério estimam que a medida, publicada no dia 06 de janeiro, aliada a outra portaria que trata do Programa de Metas das Lâmpadas Fluorescentes Compactas, trará ao país uma economia escalonada até 2030 de cerca de 10 terawatts-hora (TWh/ano). Equivale a mais do que o dobro conseguido com o Selo Procel, utilizado atualmente.

Conforme detalhado na portaria, fazem parte da regulamentação as lâmpadas incandescentes de uso geral, exceto as incandescentes com potência igual ou inferior a 40 Watts (W); incandescentes específicas para estufas ? de secagem e de pintura ? equipamentos hospitalares e outros; incandescentes refletoras/defletoras ou espelhadas, entre outras.

De 30 de junho de 2012 até 30 de junho de 2016 ? a não ser que surja uma nova tecnologia que permita às lâmpadas incandescentes se tornarem mais eficientes ? esse tipo de produto será banido do mercado, segundo técnicos do Ministério de Minas e Energia.

No mercado brasileiro existem 147 modelos de lâmpadas incandescentes etiquetadas, de quatro fabricantes diferentes. Estima-se que a lâmpada incandescente seja responsável por aproximadamente 80% da iluminação residencial no Brasil. O mercado brasileiro consome atualmente cerca de 300 milhões de lâmpadas incandescentes e 100 milhões de lâmpadas fluorescentes compactas.

De acordo com o ministério de Minas e Energia, as tecnologias que envolvem os sistemas de iluminação se desenvolveram rapidamente, nos últimos anos, disponibilizando equipamentos com mais eficiência e durabilidade.
Paradoxalmente, aumentou também a preocupação com a escassez de energia e a busca de soluções que contemplem a boa iluminação conjugada a equipamentos mais eficientes e formas inteligentes de utilização. Diante disso, a tecnologia utilizada nas lâmpadas incandescentes se tornou obsoleta.
Tecnologias já consolidadas, como as lâmpadas fluorescentes compactas, podem fornecer quantidade maior de luz com um custo energético muito inferior à tecnologia incandescente.